"E peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o conhecimento, para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo algum até ao dia de Cristo; Cheios dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus...
...Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda. Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo..." (Filipenses 1)
A intolerância é o grande desafio que o evangelho de Jesus tem enfrentado nos ultimos tempos. Não estou tratando diretamente de um assunto envolvendo as religiões em sí, mas o que anda acontecendo dentro de nossas igrejas, as que se dizem cristãs e detentoras de visões que pregam liberdade no Espírito, amor a obra e ao próximo.
Criaram-se regras comuns em muitas igrejas, onde de nada vale a intimidade de cada um com Deus, importando apenas aquilo que o Pastor diz, mesmo que venha de encontro com a propria Palavra de Deus. Poucas são as denominações que ensinam o evangelho puro e inauterado, onde verdadeiros homens de Deus se atentam à palavra, e para se perceber isso não é preciso ser um especialista em Bíblia, basta observar o agir do Espirito Santo ou não. Um exemplo de tais manipulações é a tal "cobertura espiritual", onde você não tem o direito de pregar o evangelho se não estiver congregando em uma igreja ou denominação, "é muito arriscado." Mas o que não é nesse mundo? Em Mateus 28: 18-20 diz: E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. Podemos entender, definitivamente, que Jesus, sendo Deus, nos garante, com toda sua autoridade e poder, que podemos ir e pregar o evangelho sem medo, e o mais interessante é que Jesus não diz que temos que depender de nós mesmos e dos outros, ou seja, das igrejas em questão, para sermos suas testemunhas, Ele disse IDE. Temos que confiar em Sua palavra! Ele é a cobertura de que aqueles que tem vontade de pregar as boas novas necessitam, isso fica claro quando diz: "e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos".
Não estou querendo dizer que não devemos congregar, claro que não é isso, pois é muito importante para nosso convívio social, dessa forma, crescemos como seres humanos, nosso carater é aperfeiçoado, e é aprendendo e ajudando uns aos outros através de nossos testemunhos diários de fé e amor, que saramos nossas dores, feridas e crescemos em Cristo. Nos dando as mãos todos os dias como nos ensina o livro de Atos, vivendo em UNIDADE, mesmo tendo pensamentos diferentes. O que estamos vivendo é justamente o contrário. O social não é mais importante; a igreja tem que se preocupar somente com o "espiritual", mas os dizimos e ofertas podem vir, afinal "não deve faltar mantimento na casa do tesouro", só não se sabe para quê e para quem nos dias atuais, já que o IDE não quer dizer nada do tipo "amai ao próximo como a tí mesmo". Será que não mesmo!? De quem é o celeiro que Malaquias cita? Em uma proxima postagem podemos entrar novamente nesse assunto, mas leia com calma e atenção o texto e o contexto completo do livro de Malaquias e Atos dos Apostolos, pedindo discernimento do Espirito e você vai entender. Mas enfim, é fato que algumas igrejas estão criando doutrinas absurdas (ao meu ver) e que na sua maioria, não estão em concordância com a Palavra, mantendo, desta forma, um certo "domínio santo" sobre as pessoas, que por sua vez, ficam maralhavilhadas e cegas com palavras de impacto, comoventes e persoasivas, mas sem nenhum sentido bíblico, privando assim, em muitos casos, a expansão do Reino de Deus e o agir de Dele na vida dos congregados, ou seja, o Espirito Santo fica o tempo todo de "mãos e pés" amarrados durante os cultos, o que demonstra claramente que certos pastores não confiam mais no Seu poder de convencimento e de que Ele, Espirito Santo, não é capaz de tocar no coração de cada um, simplismente anulam seu agir, sendo que Ele é o único capaz de suprir todas as necessidades e despesas das igrejas e da vida de seus membros, tanto material quanto espiritual, sem precisar forçar ninguém a nada, bastando apenas ter fé em Jesus. Com certeza isso é a "graça que fica sem graça". Infelizmente é a realidade! Interesses pessoais estão ficando acima da vontade de Deus, onde valores estão sendo trocados, e os princípios básicos do cristianismos, que é o amor a Deus e ao próximo, estão sendo deixados de lado, dando lugar a arrogância e a falta de humildade.
É comum vermos pessoas sendo julgadas e ultrajadas por tomarem a decisão de sair de certas denominações, ou por não mais concordarem com a linha de trabalho da mesma ou por ser o tempo de Deus mesmo, o que na verdade não importa, todos temos o direito constitucional de ir e vir e fazer de nossas vidas o que bem entendermos, cada um é responsável por seus atos, cabe somente a Deus julgar quem é certo e quem é errado, mas dizer que o indivíduo tem que estar em uma igreja para poder pregar o evangelho é no minimo infantil, pois se está determinando algo que nem a Bíblia diz, ou estou errado? Ora, bem que os apostolos, depois da morte de Jesus, se reuniram para pensar no que iriam fazer, tendo em vista que achavam que Jesus tinha realmente morrido, mesmo sendo eles testemunhas oculares do poder de Deus na vida do Messias e através Dela. Jesus ressucitou para que se cumprisse sua palavra e para encoraja-los a ir sem medo, pois estaria com eles até a consumação dos séculos, como citado anteriormente, em Mateus 28, daí creram e deu no que deu, o evangelho se expandil incrivel e milagrosamente, e foi debaixo dessa palavra e dessa certeza dada por Jesus que continuamos nosso trabalho, mesmo sem estar congregando em uma igreja.
Agora sim, gostaria de enfatizar o fragmento da carta de Paulo aos Filipenses transcrito no início deste texto, que se deu em uma época onde já haviam igrejas constituidas dentro de comunidades. O apostolo ressalta em sua carta que o importante é que seja pregado o evangelho, mesmo que de forma certa ou errada, "Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira." Então por quê tanto legalismo em algo que deveria ser simples? Não cabe a ninguém julgar o certo ou errado nessa questão. Não seria mais fácil louvar a Deus por mais algumas almas se rendendo a Jesus? Não seria melhor honrar aqueles que um dia somaram e tentaram dar o seu melhor aos trabalho de uma determinada igreja, mas que decidiram seguir por outros caminhos, ao invéz de tacha-los publicamente de rebeldes e desobedientes? Afinal, continuaram o ide, não pararam! Por que usar de inveja e porfia, como diz Paulo, e até mesmo de heresias e intolerança, onde o que eu penso é certo e o que o irmão fez, ou seja, a atitude ou a decisão que ele tomou é errada, ainda que a Palavra não me respalde para critica-lo, não poderiamos simplismente dizer amém só pelo fato de esta pessoa não sair dos caminhos do Senhor? Afinal, em alguns casos, o ide continua, e o nome de Jesus continua sendo propagado. O que vale são as almas, o reino e a vontade de Deus que vela sobre nós, e todos nós temos livre acesso a Ele através de seu filho! Ou não? O DEUS É O MESMO. Imagine Abraão "detonando" Ló pelas costas depois de sua separação da tribo, não dá! pelo contrário, os ideais e pensamentos, que se tornaram divergentes, não diminuiram o amor e respeito que tinham um pelo outro, a ponto de Abraão abençoar Ló em sua partida, dando-lhe a liberdade de escolher o "melhor" lugar para ir com sua família, e mais, Abraão ainda intercedeu junto a Deus por Ele em um momento de dificuldade. São contextos diferentes, mas com fins semelhantes. Uma questão de princípios. A verdade é que os púlpitos de nossas igrejas estão sendo usados para resolver assuntos pessoais e inflamar mais ainda a chama da desunião e da discórdia entre as pessoas, tendo em vista que ja não se prega mais a palavra de Deus em sua essência, deu-se lugar a pregações direcionadas a pessoas pré-definidas antes mesmo de começar o culto, como uma forma de autodefesa usadas por alguns pregadors, onde a vontade de Deus e a revelação do Espirito Santo passam longe, e igreja que não prega a palavra e não é guiada pelo espirito tem um fim triste, infelizmente.
Diante destas coisas só temos que agradecer por nossas vidas e pelas decisões que Ele nos fez tomar e crer na palavra que diz: "O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos" e é essa promessa que faz com que suportemos todas as falácias e calúnias que venham a se levantar contra os filhos de Deus e contra aqueles que tomaram uma decisão que contraria a vontade de alguns, e a Palavra de Deus é a única coisa que pode nos manter firmes em direção do alvo, Jesus. Deus conhece todos os corações e todas as intensões daqueles que Ele criou, então que Ele faça a devida justiça, pois ela vem Dele, aliás, a verdadeira justiça vem Dele.
Não há nada melhor do que servir a Deus, e não são as ideologias e vontades de alguns que se dizem os donos da verdade que podem nos afastar desse propósito. Portanto, se seu lider é um homem ou mulher guiados por Deus, seja submisso até onde Deus ainda estiver no comando, como se fosse um barco, caso contrário, quando teu coração ja não sentir mais Sua presença (Deus) nesse barco e Ele te mandar sair, vá! Faça como Pedro, pule do barco, mesmo que a tempestade, provocada por pessoas que só tem compromisso consigo mesmas, pareça querer te tragar. Pule! Mas vá sem medo, pois Jesus está pronto para segurar tua mão mesmo que ja estejas afundando. A vontade do Senhor não pode ser frustrada na vida de ninguém por causa da soberba e arrogancia de ninguém. Não há cobertura espiritual melhor do que estár firmes com Deus. Jesus é nossa garantia de vida e de morte. Existem promessas para todos, estando em igrejas ou não, queiram os que se dizem mestres da palavra ou não. Nesse caso, vale lembrar que, quando os apostolos foram pressionados pelos mestres da lei a parar de pregar em nome de Jesus, deixando assim de fazer a Sua vontade, disseram: "Mais importa obedecer a Deus do que aos homens." E resolveram pagar o preço. Portanto, não tenha medo de sofrer por Jesus e pelo evangelho, pelo contrário, alegre-se. As críticas destrutívas, mentíras e falsos testemunhos levantados contra qualquer pessoa que está em Jesus, testificam de que se está no caminho certo. Sempre visando o reino e a total obediencia a Deus, pois, somente quando fazemos exatamente aquilo que Deus nos diz é que podemos esperar receber um galardão completo. A vontade humana vai sempre de encontro a vontade de Deus.
Deus, com certeza colocou pastores e pastoras ungidos por Ele para cuidar do Seu rebanho e temos visto isso, mas eu creio que aqueles que se desvirtuaram de seu verdadeiro chamado voltarão ao primeiro amor, encontrarão na humildade e amor de Jesus pelas pessoas um espelho, o mesmo espelho que um dia revelou a beleza onde existia a imperfeição, a pureza onde existia o erro, a sujeira. Voltarão a entender que vale apena sofrer pelo evangelho, que vidas são mais importantes que coisas. Por fim, Voltarão a ser vistos por sua simplicidade, onde habita o amor, o verdadeiro amor que está em Jesus, amor que é Jesus, onde se valoriza a pessoa como filho e filha de Deus e o que cada um representa em Deus.
A Bíblia é passivel de interpretações, que devem ser no mínimo coerentes, e eu espero nesta postagem, ter contribuído com alguém que, assim como nós, comunga do mesmo pensamento e de certa forma luta por um evangelho livre, guiado pela vontade de Deus e pela compaixão de Jesus, onde impera o amor às pessoas acima de tudo, e não pela autossuficiência humana, que reprime, marginaliza, afasta, julga e mata.
Por Isan Junior
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